sábado, 29 de outubro de 2011

NÃO! O Grito Grego também é Nosso!


Milhares de gregos sairam hoje à rua para gritar "NÃO!"... Não às medidas de austeridade!, Não às posturas dos políticos do seu país!, Não à política europeia! e Não às orientações dominantes da Alemanha - classificadas como "nazis" numa clara evocação dos propósitos que, em meados do século XX, os ditadores fascistas tentaram impor ao povo grego! Ao mesmo tempo, em Roma, foram também muitos os que sairam à rua para protestar contra o Governo de Berlusconi e contra a política económica europeia!... Quanto a "nuestros hermanos", para se ter uma ideia do que pensam e do que sentem, basta dizer que o desemprego em Espanha atingiu hoje os 21,3% (31% na região da Andaluzia) ou seja, 5 milhões de pessoas desempregadas!... Estará a União Europeia a perceber a dimensão do que está a provocar?... Estará disposta e preparada para pagar o preço da contestação social?... ou precisará de levar ao rubro esta revolta, para justificar a imposição do que nos reduzirá a um tempo de pobreza de que nos considerámos libertos, após a instauração das democracias do pós-guerra - que, diga-se em abono da verdade!, se prolongaram até às últimas décadas do século passado. O Grito Grego é agora, para já!, o contundente grito da Europa da Sul: NÃO!

4 comentários:

  1. Parece-me que estamos a caminhar para i fim da CEE. Não é possivel apertar os povos a troco da esmola.

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  2. Digo e continuo a dizer: se a UE acaba é das piores coisas que pode acontecer para todos. O que é preciso é reforma-la guardando o que tem de melhor. Nenhum pais da Europa consegue sobreviver sozinho. Nem mesmo a Alemanha.

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  3. Luís, na minha opinião estamos, seguramente, no fim da CEE e a UE é hoje uma realidade muito diferente daquela que presumimos poder vir a construir... estamos por isso no início de um novo percurso de que desconhecemos o ponto de chegada mas para cujo caminho temos que nos preparar... Um abraço.

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  4. É verdade, Bruno... é verdade que o desmoronamento da UE seria de trágicas consequências para todos nós, incluindo para a Alemanha -cuja estrutura económica no plano internacional já não tem a solidez que se poderia imaginar... por isso, vamos enfrentar todas as estratégias possíveis para salvar esta organização que, entre mais ou menos tímidas aproximações ao federalismo e crises económicas e sociais, no curto e no médio prazo, continuarão a sacrificar os cidadãos... o paradoxo está em que esse sacrifício seria provavelmente muitissimo maior se a UE terminasse abruptamente... estamos a percorrer o caminho da História... sempre difícil e tantas vezes demasiado cruel. Um abraço.

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