Uma nostalgia, talvez literária, talvez existencial mas, seguramente, provocada pela reflexão que suscita o pensar o "ser português", essa dimensão identitária que, de Camões a António Lobo Antunes, faz dizer que esta pertença nacional inflama orgulho (mesmo aos que, como F.Pessoa -exímio utilizador da nossa língua num registo polifónico criativo que a heteronimia consagrou- consideraram os traços da personalidade cultural da sua época, "um caso mental" eivado de provincianismo), trouxe-me à memória a escrita e a produção de Ruben Andersen Leitão, mais conhecido por Ruben A.... Escritor, dramaturgo, investigador nas áreas da Filosofia, da História, da Etnografia, da Literatura e da Política como o denotam as suas publicações sobre o Método e o Pensamento de Pascal, os Templos de Abu Simbel, a correspondência de D.Pedro com o Conde de Lavradio, o Anil, os Moinhos Manuais de Café, as Fontes, Ruben A. foi autor de uma extraordinária obra literária que vale a pena revisitar. Apesar de ser difícil destacar um ou outro título, fica a referência a: "Caranguejo", "Júlia", "Um Adeus aos Deuses", "Cores", "Silêncio para 4", "O Outro Que Era Eu", "A Torre de Barbela", "O Mundo à Minha Procura" (3 vols.), "Páginas" (6 vols.) e "Kaos"... e, para os que procuram razões para não deixar de sentir orgulho em ser português, fica a sugestão: revisitem Ruben A.
Eu só o conhecia de nome
ResponderEliminare apenas agora li
o "Silêncio para 4"
e "a Torre de Barbela".
É surpreendente e notável!
Parece-me que Saramago o imita :)
É notável, Vasco... "surpreendente e notável"!
ResponderEliminarAinda bem que leu e que, como não podia deixar de ser!, gostou.
... obrigado por me fazer rir com a referência, neste contexto, a Saramago :)
Beijinho