Ontem, 1 de Outubro, o povo saiu à rua, em Lisboa e no Porto, em nome da luta contra o empobrecimento! A manifestação, cuja mobilização foi sintomática em relação ao sentir generalizado das pessoas que, entre informação, contra-informação, medos e preconceitos, não reconhecem alternativas execuíveis e credíveis ao poder instituído mas sabem que a estratégia em curso é demolidora para as suas condições de vida, foi, contudo, reduzida às "manchetes" com que a comunicação social classificou a iniciativa, relevando não o facto em si mas, isso sim, o dispositivo policial preparado pelas autoridades para enfrentar a contestação social, suscitando o medo de manifestação popular, sob a capa de uma ameaça velada... é pena! Neste momento, Governos, Populações e Comunicação Social deviam unir-se para pressionar a mudança económica e política, ao invés de assumirem a subserviência temerosa que de nada adianta e apenas reforça a ineficácia das lógicas contemporâneas do poder dominante... esperariamos outra coisa? Talvez... uma vez que, para além do movimento de indignação que correu o mundo europeu e médio-oriental ao longo do ano em curso (e voltará a ter expressão, entre nós, no próximo dia 15 de Outubro), até em Wall Street são mais de 2.000 (entre eles Noam Chomsky, Susan Sharandon e Michael Moore) os que se manifestam contra a austeridade enquanto resposta à crise (ler AQUI)...
Estaremos a regressar a um passado que julgamos, julguei e quero, já ultrapassado?
ResponderEliminarContinuo com um abracinho tímido
Zeparafuso
(devo ter um problema no meu PC)
Esperemos que não, caro Zéparafuso... esperemos que não - apesar dos sintomas não nos deixarem grandes expectativas e ainda menos certezas...
ResponderEliminarUm abracinho tímido - que os tempos não nos permitem excessos de confiança, não é, meu amigo?