O movimento dos "Indignados" conseguiu hoje uma mobilização histórica: em 1.000 cidades e 81 países, os cidadãos sairam à rua para se manifestarem contra as medidas de austeridade, a lógica da distribuição profundamente desigual da riqueza, o desemprego, a especulação e exploração financeiras e a ausência de responsabilidade cívica das políticas económicas, destituídas de preocupações sociais concretas e eficazes. Em Portugal, porque há cerca de 15 dias houve uma outra manifestação contra o empobrecimento e outras se desenham no quadro das reacções sindicais mas, também, porque as eleições decorreram há cerca de 4 meses e os portugueses continuam a acreditar e a defender a democracia formal, o número de pessoas que saiu à rua em Lisboa foi menor do que se esperava... contudo, lembremo-nos que as manifestações, desta vez, decorreram em 9 cidades portuguesas: Angra do Heroísmo, Barcelos, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Porto e Santarém. De qualquer forma, a verdade é a que vem reflectida na notícia que se pode ler AQUI e de que Teresa Ribeiro dá nota no Delito de Opinião. A globalização que tanto se desejou é, também, esta realidade e, "contra factos, não há argumentos".
Lá estive Ana Paula, gostei imenso da manif.Gostei de ver por lá o Carvalho da Silva, mas também a Isabel do Carmo, e o Bernardo Sasseti com as duas filhas pequenas pela mão. Há muito tempo que não me sentia tão bem numa manifestação, independentemente da mobilização que obviamente poderia e até seria de esperar que fosse maior. As eu percebo que as pessoas que votaram nesta gente ainda estão em estado de choque a fazer o luto depois do terramoto que lhes está a cair em cima. Com o apertar do cinto vai sair rua.
ResponderEliminar... muito bem observado, querida Ariel :))
ResponderEliminarBeijinho
Pois é Ana…E quando "isto" passar de "movimento" a "movimentação" – passaremos, também, de "manifestação" a motim mundial… é preciso pensar na gravidade das consequências!
ResponderEliminarAbracinho
Pois é, NYX(des)VELADA :))
ResponderEliminar... mas, é pena que o G-20, os banqueiros e os políticos continuem a agir como as avestruzes... provavelmente, estão a imaginar lucros vindos das catástrofes sociais que os simples cidadãos não estão a imaginar... esquecem-se que a margem de influência dos imprevistos é também, ela própria, imprevisível...
Abracinho :))