Não pude deixar de me surpreender... é verdade que temos consciência do quanto a sociedade globalizada massifica a informação sem que isso signifique conhecimento mas, a verdade é que não podemos deixar de parar para pensar perante o que nos demonstra o vídeo a que o Relógio de Corda nos permite aceder no seu Quanto Tempo Tem o Tempo?... assim como não podemos deixar de reflectir sobre o significado das intenções da política patrimonial divulgadas por António Carlos Valera no Irrealidade Prodigiosa ou sobre o encerramento de mais de 700 escolas no país - de que o Alentejo é exemplo como região do interior desertificado e que, ao invés de promover a dinamização das suas estruturas, as vê eliminar a um ritmo bem evidenciado na lista de encerramentos que o A Cinco Tons divulga... Como se não bastassem os casos, no país temos apenas como maior partido da oposição uma caricatura perigosa de projecto político que Osvaldo Castro bem caracteriza no A Carta a Garcia e uma atenção cívica e institucional à prevenção de calamidades como bem demonstra Fernando Cardoso no Ayyapa Express ... enquanto isso a União Europeia continua com uma recuperação económica muito mais difícil do que se propagandeia como bem explica JMCorreia Pinto no Politeia e cujo projecto político social está, cada vez mais, posto em causa como bem assinalam José Simões no Der Terrorist, Paulo Pedroso no Banco Corrido e José João Cardoso no Aventar... por isso, vale a pena reler o texto sobre a trágica farsa em que vivemos e que nos é proposto por Eduardo Marculino no História Viva mas, também, a propósito do que há por fazer e dos contributos que todos deveriam querer protagonizar, as palavras de T.Mike no Vermelho Cor de Alface. Finalmente, para que a arte nos dê o seu olhar sobre o mundo, fica a sugestão da escolha de Camões no Poet'Anarquista.
A «coisa» está a tornar-se demasiado séria e a educação já bateu há muito no fundo. Tudo começou, quanto á mim, com a Sra Ana Benavente e daí em diante não têm parado os disparates: reformas atrás de reformas, modelos de gestão que não lembram ao diabo, decretos a chegar As escolas que já não surpreendem ninguém , enfim uma parafernália digna de casa de horrores e , que pouco a pouco, estão a dar xcabo do ensino público. Sei que me estou a desviar do teu post, mas mesmo assim permite-me continuar.
ResponderEliminarPenso que uns dos males da educação vieram com os srs das ESES, profetas de novas metodologias, as tais ditas boas práticas--palavra que não suporto. Consideram-se entendidos no eduquês e para tudo encontraram remédio, excepto para a função primordial da escola.
Agora não se gera, não se produz ou trabalha conhecimento, agora desencolvem-se competências, é suposto o aluno adquirir um conjunto de aptidºoes que lhe permitam saber -fazer. Não entendo isto, mas não entendo mesmo. Na prática isto equivale a estar a ensinar a língua materna na aula de Matemática, sendo que o professor nunca dará conteúdos de matemática pq um das competências é o saber falar e exprimir-se bem , por ex.
adquirir compet~encias é, ao fim e ao cabo, or á internet, e fazer aprendizagens (?) de copy / past. a minha questºao é a seguinte : p'ra se ser competente não será necessa´rio uma matéria, um conhecimento para que aí sim alguém possa interiorizar saber e não ser um mero papagaio
este comentário é apenas um desabafo e não publicável--- Está alguém interessado na cultura e formação?? claro que não A"parque Escolar" anda a arranjar as escolas para depois as entregar a privados, Vai uma aposta??
bj
É verdade que a massificação da informação não significa mais conhecimento. As provas vão estando à vista para quem as quiser ver, ouvir , analisar, etc.
ResponderEliminarAinda esta semana, estive numa palestra aqui na terra. O tema era internet e mais qualquer coisa cujo nome agora não me recordo. Falou-se, questionou-se e revelaram-se algumas preocupações.
E, de facto, tudo isto é uma bola de neve gigante que aumenta a cada centímetro do seu trajecto. Ninguém sabe quando pára, como pára e que consequências trará.
Amanhã irei colocar um post precisamente sobre o tema dos chumbos e do encerramento das escolas...como profissional nesta área, não sei mais com linhas me posso guiar. Há uma enorme desilusão e desmotivação no ar.
Caros amigos Isabel e Relógio de Corda :)
ResponderEliminar... é tão importante que sejam os professores a reflectir e a dizer o que os preocupa de facto na educação... porque a validade do seu raciocínio acaba branqueada e minimizada nas preocupações gerais e de classe dos sindicatos que, felizmente, continuam a lutar ainda que sem essa perspectiva que, por exemplo, em termos mediáticos, Maria do Carmo Vieira tem analisado e exposto, com a seriedade que se espera e se deseja de quem ensina...
Aguardo, com o maior interesse o texto que hoje, no Quanto Tempo Tem o Tempo, o amigo Relógio de Corda irá publicar... quanto a mim, tenho andado a adiar escrever sobre a matéria mas, penso que não passará de hoje ou amanhã.
Um grande abraço amigo e solidário :)
Amiga, já tens no Poet'anarquista mais uns quantos trabalhos digitais surreais de Alex Andreyev. Há centenas deles que eu já vi, sobre os mais variados temas. Fui encontrar um sobre Lenine discursando... digo-te, está simplesmente fantástico!
ResponderEliminarMuito boas as tuas leituras cruzadas e obrigado por publicitares o meu blogue de arte para todos os Amigos d'Arte!
Beijos!!!
Obs- Revejo-me neste Alex Andreyev... inspirou-me para a poesia!
Amigo, revejo também em algumas das obras de Alex Andreyev, alguma da tua pintura!...
ResponderEliminarBeijos :)