Ao sol destes dias do início de Novembro chama a tradição o "Verão de São Martinho" evocando-se hoje, dia 11, no calendário corrente, este patrono que, segundo reza a lenda, dividiu a capa com quem hoje seria designado por "pessoa sem-abrigo". O momento, ritual de transição para o aprovisionamento necessário ao tempo frio, celebra-se com a partilha do conhecido Magusto e com a prova do "vinho novo"... é sempre, de qualquer forma, um tempo que nos remete para o refúgio e que se caracteriza por um colorido de frutas doces, quentes e saborosas! Fruta para Todos deveria ser um dos lemas da Luta contra a Pobreza!
Fruta para Todos deveria
ResponderEliminarser um dos lemas da Luta
contra a Pobreza?
Devia, com certeza!
Mas em lugar segundo, ou até terceiro
pois coloco a outra luta em primeiro...
(continuo a pensar que só
se erradica a pobreza mudando radicalmente de politicas ou, como agora é moda dizer-se, de paradigma...)
Bom Magusto, minha Cara
Rogério :)
ResponderEliminar... muito bonito!... é bom quando o não-dito se apreende nas pausas deixadas entre a sonoridade do sentido das palavras.
Obrigado!... porque é isso mesmo: Fruta para Todos como lema na Luta Contra a Pobreza é, nada mais, nada menos, do que uma forma de afirmar a urgência de mudança do paradigma... ou, como bem sabemos, de percepção do mundo e consequentemente, de políticas!
Bom Magusto, Rogério!
Um grande abraço.
Que bela cesta de frutas e legumes que aqui nos apresenta. Pena que o "Verão de S. Martinho" não tenha aparecido. Pelo menos, por estas bandas.
ResponderEliminarPena que hoje não tivesse havido Sol com fartura, que o digam os sem abrigo. Uns tiveram algum, outros nem por isso. No aeroporto de Faro, vão mais alguns para o desemprego, em que raio de País nos estamos a tornar!??? ( desculpe o palavreado, mas apetecia-me dizer coisas bem diferentes ). Há uns anos, alguns mesmo, um amigo meu dizia-me " Qualquer dia, quem quizer no resto do mundo, saber como é que antigamente se vivia vem a Portugal mostrar, como hoje se vai ao jardim zoológio ver animais exóticos ". Eu nunca quiz acreditar que assim fosse, hoje, com muita mágoa, sinto que estamos a caminhar para lá. Será que vamos passar a viver do turismo, deste turismo que o meu amigo profetizava? Por um lado ainda bem que o meu amigo já não está estre nós, por outro sinto a sua falta e agora que estava mais próximo das ideias dele.....Será que é só porque não temos gente capaz em Portugal? Ou será que nas Universidades só se aprende a ser egoísta? ( existem algumas excepções, mas cada vez menos ) Ninguém se preocupa com o vizinho do lado, querem lá saber!!!! Luta contra a pobreza ? Sim, podem lutar contra a pobreza acabando com os pobres da pior maneira, como em tempos os EUA fizeram com Indios e Negros. è para aí que este País caminha? Desgosta-me por ser o MEU, desgosta-me ainda mais porque não quero outro.
ResponderEliminar... pois é, Relógio de Corda :)
ResponderEliminar... este ano, o Verão de S.Martinho não foi, de facto, brilhante - deve ter sido em solidariedade com o "resto" :))
Abraço.
Caro Zéparafuso,
ResponderEliminar... as suas palavras, por coincidirem com o que de mais profundamente se receia e se pensa no fundo do silêncio de muitos nós, ficam aqui registadas como um alerta!... e acredite!, o drama que expressa no final: "Desgosta-me pos ser o MEU, desgosta-me ainda mais poque não quero outro" é tão verdadeiro que dele retiramos a justa revolta e o constrangimento...
Abraço :)
Ainda a propósito de que "todos os indicadores de sustentabilidade socio-econóica nacional permitem corroborar a afirmação" ( de que PT é o pais mais pobre da UE ( segundo o FT )), sugiro a leitura atenta do que segue, nomeadamente no que respeita a estatisticas e indicadores:
ResponderEliminarhttp://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp
Talvez valha a pena reparar que por exemplo no que respeita a taxas de risco de pobreza após transferencias sociais, estavamos em melhor posição que paises como Espanha, Italia, e até Reino Unido. Percebe-se que ao Finantial Times possa não interessar divulgar esses dados, mas outros, porque, lá está, indicadores há muitos e cada um usa os que dão mais jeito à sua agenda.