domingo, 21 de novembro de 2010

Leituras Cruzadas - Especial Cimeira Lisboa e não só...

A Cimeira da Nato que ontem terminou em Lisboa, suscitou o correr de muita tinta nos jornais, edições televisivas especiais e, naturalmente, o interesse de todos. O mundo parou, aguardando notícias de Lisboa, a capital de um país que tem merecido a maior desconfiança dos mercados financeiros, dada a situação das suas contas públicas no contexto de uma União Europeia em crise. A Cimeira foi um sucesso político inquestionável apesar dos dossiers sensíveis que, sem resolução definitiva (de que se destacam a questão da adesão da Turquia à UE e, entre outros, o aparente silêncio da relação organizacional com o Mediterrâneo) foram ultrapassados com o avanço de compromissos importantes para todos os envolvidos, designadamente, a segurança comum que, pela primeira vez,obteve a parceria russa, a cooperação económica na convergência de esforços no reconhecimento da urgência da criação de emprego e no reforço do comércio EUA-UE que, para Portugal, pode ter um importante estímulo na exportação de energias limpas e o planeamento do período de transição para a retirada de forças internacionais no Afeganistão. Mas a Nato tem uma história que justifica a reserva dos cidadãos e dos pensadores... podemos até supor que, talvez por isso, não tenha sido tão grande o impacto positivo na comunicação social que, salvo prova em contrário, está mais preparada para apontar erros (de preferência ao governo português) e especular sobre insuficiências e erros, na senda do sensacionalismo a que nos habituou... mas, foi em função dessa história de guerra que tão perto de nós esteve no passado recente pelas piores razões, com a Guerra do Iraque e dos Balcãs que grande parte de alguns dos nossos melhores autores escreveu textos que vale a pena destacar e que merecem a nossa leitura atenta pela opinião credenciada, avisada e experiente de que emanam as suas reflexões... por exemplo:

As Guerras e as Gravatas... e Nato: Para que Serve? de Eduardo Maia Costa;

Tanta Nato... e Obama e a Situação Económica Portuguesa de JM Correia-Pinto;

Princípio da Proximidade de Viriato Soromenho Marques;

Acabou a Guerra Fria? de Eduardo Pitta;

Os nossos queridos fundamentalistas de Nuno Ramos de Almeida;

Nato: Sim ou Não? de Miguel Gomes Coelho...

mas porque o país continua vivo e a precisar da nossa melhor atenção, ficam ainda os destaques para o "estado da arte" nacional mas, também, internacional:

A Consciência do Tempo no Conversa Avinagrada;

Intriga, disse ela e Obama, Quo Vadis? no Mainstreet;

Falemos então de coisas sérias e Abrangência no Delito de Opinião;

Momento Tuga... no Correio Preto...

... evoquemos, por tudo isto, alguns dos sinais de grandeza que nos lembram que não podemos deixar esquecer/perder parte importanto do melhor da nossa Humanidade:

Folha Seca no Largo das Calhandreiras;

Weber no Mainstreet;

Alfredo Poeiras no Poeiras Glass Art.

7 comentários:

  1. Cara Ana Paula Fitas
    Agradeço a referência. Joaquim Gomes fica para a história como um dos políticos que deu muito e não recebeu nada. Ambos sabemos que a existência da Democracia e Liberdade no nosso País se deveu a um conjunto de homens e mulheres que não esperando nada em troca, dedicaram grande parte da sua vida a essa causa. Neste seu blogue (merecidamente) queria deixar uma especial saudação à companheira de uma vida inteira de Joaquim Gomes. Como se diz por aqui: uma mulher de "armas" Maria da Piedade viva, embora muito debilitada. Obrigado
    R. Manuel

    ResponderEliminar
  2. Cara Ana Paula,

    Deambulei pelo que apontou
    E gostei daquilo que gostou

    Um destaque para Eduardo Maia Costa e post com texto de Gonçalo M. Tavares (um nome a fixar)

    Obrigado por me ter citado

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Caro R.Manuel :)
    ... mais uma vez, obrigado!... pela autenticidade e pela partilha! A minha homenagem vai também para M.da Piedade, uma Mulher abnegada que deu o melhor de si à mesma luta que fez do nosso país, um País melhor - apesar de tudo! :)
    ... Bem-haja!
    Um abraço solidário.

    ResponderEliminar
  4. Rogério,
    ... sou eu quem agradece :)
    Obrigado!
    ... um abraço!

    ResponderEliminar
  5. Caríssima APF


    Não é já sem tempo, que lhe direi que tudo o
    que diga respeito à NATO, me diz igualmente respeito enquanto cidadão europeu e português automobilista.
    Os pressupostos (e pensamento de geopolíticos euro-atlãnticos)em que começou por assentar foram oportunos e úteis,apesar de tudo,ao clima bastante perigoso de guerra improvavel e paz impossível da Guerra Fria em que vivemos até 1989.
    Com demasiadas guerras a acompanhá-la.Ou seja,também se pode dizer que a profissão dos militares é fazerem a guerra... sem as perderem.

    Mas o que mais (me)importa dizer-lhe, é que a NATO, poucas vezes, teve uma posição esclarecida e iluminada, em relação aos problemas que Portugal foi tendo no Século XX.Os Açores, esses sim,é que sempre contaram.

    A viragem a que agora podemos estar a assistir com OBAMA,é que a Nato tem na realidade meios,tem países,tem riqueza e terá um projecto para o Século XXI mais virado para a efectiva segurança do Mundo.Da qual é parte integrante uma nova e real vertente económica e social mais abrangente e solidária.Pelo menos,foi o que eu percebi do encontro de CS com BO.
    A não ser assim, com mais ou menos parcerias, o Mundo pouco avancará e ao minimo rastilho, aí estará a NATO a participar em novos conflitos,ao Norte e a Sul.Oviamente para os vencer em seu maior ou menor benefício.Lição do Afeganistão.Lição que os USA não têm interesse(s) em repetir.

    APF,se este pequeno todo que lhe acabo de expôr merecer uma resposta sua,é mesmo sobre isso que gostaria de a ouvir.


    Com as melhores saudações e um harmonioso Abraço,

    ANB

    ResponderEliminar
  6. Caro ANB,
    Obrigado pelo claro e lúcido contributo que muito contribui para a reflexaão de todos.
    Com as melhores saudações e o abraço harmonioso de sempre.

    ResponderEliminar
  7. Agradeço, uma vez mais, a simpática atenção conferida ao Delito.
    Um abraço,

    ResponderEliminar