A NATO é a organização de defesa dos países da Europa que, do Tratado de Países do Atlântico Norte (ler aqui), passou a uma espécie de forum da defesa dos países do mundo ocidental e que tem, nos próximos dias, o seu Encontro Anual em Lisboa (ler aqui). Cabe esclarecer que, se até hoje, o papel da NATO ficou conhecido pelo seu carácter belicista decorrente da famigerada Guerra Fria que opunha o Pacto de Varsóvia (ou mais, concretamente, a ex-URSS) aos países europeus pró-americanos, nos dias que correm, face à conturbada e globalizada sociedade mundial em que nos movemos (ler aqui), se a sua existência se justifica é, apenas, no sentido de se alterar o seu perfil belicista e de se procurar que cumpra, ao nível dos seus objectivos reais, além da defesa dos cidadãos (e não do belicismo ideológico-económico), a função de desenvolver a política de desarmamento nuclear e de segurança internacional que todos almejam. A extinção da NATO não é, por ora, previsível, no contexto da luta pela Paz, dada a complexidade da segurança/insegurança internacional; porém, a participação de novos protagonistas na gestão da organização, designadamente daqueles cuja filosofia política se aproxima mais da que preconizam os cidadãos de boa-vontade, pacifistas e convictos defensores do diálogo e da negociação, pode ajudar a alterar o seu perfil político e organizacional. É o caso do Presidente Barack Obama que, apesar de todos os problemas em que a conjuntura ou, melhor dito, a correlação de forças dominante, o leva a ter que participar como parte activa no âmbito das respectivas dinâmicas colectivas, pode contribuir para a mudança substancial do "espírito" da organização!... apesar de tudo - sublinhe-se!... porque não é fácil mudar instituições nem ideologias e menos ainda, porque a dificuldade é proporcional à dimensão do seu poder económico-político-financeiro e ideológico... por isso, é bom que os cidadãos continuem a manifestar-se pacificamente pela defesa da Paz, contra a guerra e a lógica belicista que promove a indústria da guerra contra o reconhecimento da diversidade cultural... sem que isso implique a incompreensão da existência de foruns internacionais sobre a defesa de todos! Pela Paz, Lutar, Lutar! Dentro e Fora das Organizações! Sempre, Pacificamente... porque a Razão estará sempre ao lado da Não-Violência! ... e um mundo melhor para todos -mas mesmos todos!, os "cidadãos do mundo", é preciso!... um mundo onde a defesa e o respeito pelos Direitos Humanos sejam o primeiro e inalienável princípio, na teoria e na prática... Que o caminho não é fácil, já o sabemos... que o caminho se faz caminhando é também, desde sempre, a nossa certeza!
Pelo que li, cara Ana Paula Fitas, acha que a NATO pode ser transformada numa organização pacifica através da "participação de novos protagonistas na gestão da organização, designadamente daqueles cuja filosofia política se aproxima mais da que preconizam os cidadãos de boa-vontade, pacifistas e convictos defensores do diálogo e da negociação".
ResponderEliminarAcredita mesmo nisso? Barack Obama será impotente para reverter a tal correlação de forças e afrontar os lobbys da industria militar... O mais certo é vermos a NATO reforçar o seu papel e estender a sua acção a outros dominios integrando-os numa estratégia de poder mais abrangente, mudando unicamente a linguagem e o marketing da sua marca...
Abraço
NATO="Nós Atacamos Todos os Outros"... pois precisamos de petróleo, gás, água, minérios, etc, e... de vender armamento... Só nos EUA trabalham directamente na indústria militar mais de 5.5 milhões de indivíduos... imagine agora os indirectos, e neste número não estão os indivíduos das Forças Armadas. Como pode esperar que alguém tipo Obama mude algo? Não muda... nem está para aí virado... pois são essas as ordens que tem. Infelizmente para todos nós isto já não tem como mudar a bem, pois os tipos que mandam não sabem o que isso é, nem tão pouco que existe.
ResponderEliminarGostava de parilhar do seu optimismo, Ana Paula, mas não me parece que seja viável
ResponderEliminarAbraço
Caríssima amiga Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarA extinção da Nato só será viável quando a ONU tiver uma maior relevância e tenha sido reformada. Concordo com o papel dialogante de B. Obama poderá contribuir para um novo conceito estratégico menos belicista.
Na verdade, estamos longe da ideia de E. Kant que pugnava por uma Paz perpétua. São, no entanto, necessárias as Manifestações de cidadania que apelam à necessidade à Paz, porquanto a mudança de mentalidades passa por deixar-mo-nos guiar por Utopias que mobilizem os cidadãos de bom vontade.
Saudações cordiais e de grande fraternidade,
Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessrferrão.blogs.sapo.pt