quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Da Economia - informações pertinentes...

Esta noite, na SIC Notícias, o economista João Confraria informou que a fragilidade económica portuguesa é mais grave que a da própria Grécia e ilustrou a sua afirmação com um dado particularmente interessante: em Portugal, a dívida das empresas é maior que a do Estado e a dívida das famílias ultrapassa a das empresas!... Perante este cenário que denota bem a gravidade da situação, o jornalista José Gomes Ferreira afirmou que a situação de emergência em que vivemos só pode ser resolvida quando todos se sentarem à mesa: Presidente, Governo, partidos da oposição, sindicatos, parceiros sociais e banca... porque, disse!, temos que viver com menos 10 a 15% do que temos vivido e porque o hábito do recurso ao crédito que se vulgarizou, designadamente na Europa que integramos, é insustentável até no curto prazo (1 ou 2 anos)... Dados importantes que nos fazem reflectir mais e melhor, exigindo de todos o maior sentido crítico e o mais alto grau de responsabilidade social.

4 comentários:

  1. "…reflectir mais e melhor, exigindo de todos o maior sentido crítico e o mais alto grau de responsabilidade social". Absolutamente de acordo. E desde logo critica em relação ás afirmações do jornalista e à sua responsabilidade social. A postura de oráculo de insustentabilidade por ele assumida é tão boa como outra qq. Não há mts anos que o mesmo comentador nos atirava à cara com a excelência das performances irlandesas ou islandesas, sem ligar qq importância à eventual sustentabilidade de as obterem a crédito. Na verdade ele sabe que numa conjuntura favorável o credito pode ser uma importante alavanca para reforçar a capacidade de resposta futura a situações adversas. Não é preciso ser-se jornalista nem doutorado em economia para se saber que tb se enriquece a crédito, basta que o negócio corra bem. Sugerir o contrário sem mais o quê é um exercicio de demagogia gratuita. E escrevo gratuita pq nada me permite sugerir que possa estar a soldo de determinada agenda. Sei é que narrativas deste género tipificam a irresponsavel falta de sentido pedagógico que campeia nos nossos meios de comunicação.

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  2. Discordo da crítica ao jornalista José Gomes Ferreira que é um dos entrevistadores mais educados e perspicazes presentes na televisão.

    É possível que no passado haja elogiado o crescimento irlandês e islandês sem se aperceber da excessiva exposição ao risco de dependência do crédito externo;

    mas, em atenuante dessa sua falha de análise contraste-se o nosso caso de estagnação de puro consumo com crescimento anémico, o que sem dúvida lhe obliterou a lucidez de perceber aquele risco.

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  3. Se fizermos as contas sem manobras contabilísticas da tanga... temos um País pronto para pedir a insolvência! O resto...

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  4. Caríssima,

    A afirmação produzida padece de um erro de definição: a dívida do Estado é a do SPA. Sucede que na dívida das empresas está todo o sector empresarial do Estado - TAPs, RTPs, REFERs, e brincadeiras do género. O Estado é, em sentido genuíno, o grande responsável da bancarrota lusa.

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