sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Barack Obama em Lisboa


Barack Obama chegou hoje a Lisboa e a sua presença honra-nos, em particular porque, como Mikail Gorbatchev e Lula da Silva, representa a mudança de paradigma que era urgente imprimir à gestão política mundial dos últimos 60 anos. Não lhes podemos exigir a perfeição nem deles poderiamos esperar alterações radicais - ainda que possam corresponder aos seus melhores valores que, estou certa!, todos partilhamos... mas é gratificante para todas as gerações vivas partilhar um tempo em que ascendem ao poder Homens capazes de trabalhar para a Paz e contra a Pobreza, apesar de todas as guerras, de todas as dificuldades e de todas as resistências em nome da democracia e do Bem-Comum de todos os cidadãos. Em exclusivo para Portugal, o Presidente dos EUA escreveu um artigo publicado no jornal Público na edição deste primeiro dia da Cimeira da Nato onde apresenta as linhas gerais do seu entendimento global sobre o papel desta organização nos tempos que correm e que justificam a alteração do conceito estratégico que lhe subjaz (ler AQUI).

11 comentários:

  1. Minha cara, pequenos apontamento que vou deixar sem qualquer preocupação em que mude de opinião nem as esperanças que manifesta e muito menos o crédito que dá a Barack Obama...

    Primeira reflexão inquientada - A NATO alarga-se em número de países, sem que tal de deva a adesões a uma nova estratégia, pois ela só agora irá ser definida...

    Segunda reflexão inquietada - O alargamento em número é acompanhado pelo alargamento a várias áreas, concorrendo assim para o total esvaziamento da Organização das Nações Unidas em beneficio de um Bloco Militar alargado, onde os "potenciais beligerantes" não entram o que manifestamente retira dos foruns internacionais qualquer possibilidade de diálogo e de procura de soluções de paz e de equilibrio mundial...

    Terceira reflexão inquientada - A Comunidade Europeia não vai aparecer com uma posição europeia na definição da estratégia da NATO. A UE não reuniu para o efeito. As posições dos paises europeus apenas os comprometem individualmente e a politica europeia, se foi definida, nem sequer é conhecida...

    Quarta reflexão inquietada - as estruturas permanecem, os homens vão circulando e, até, mudando. Barack Obama parece o mesmo, mas a sua capacidade de liderança está enfraquecida e não parece que esteja enfraquecida a industria armamentista, nem os "falcões" e são reconhecidamente eficientes os lobbies que defendem tensões no mundo para fazer prevalecer o poder dos EUA e da sua diplomacia em torno de politicas "defensivas"...

    Quinta reflexão inquietada - Como resultado de das todas as outras reflexões o aparecimento de outro bloco militar e com isso uma escalada de contornos imprevisiveis podendo ser um risco não é o maior risco. Poderá dar-se o caso de crispações por parte da China e de Paises Árabes que possam identificar-se com alvo da nova estratégia da NATO e reagir em conformidade...

    Por todas estas reflexões sou contra a NATO e a favor da reorganização da ONU e da sua adequação aos factores que afastam o esforço da humanidade do objectivo de combater com determinação os flagelos e as ameaças que a coloca em risco.

    Por tudo isso, que são factos, e não por razões ideológicas, vou estar amanhã na Av da Liberdade...

    Abraço

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  2. Olá, Ana,
    Hoje, enquanto ouvia a Hillary Clinton apelar pela presença de Portugal no Afeganistão, a minha mente deslocou-se para uma questão (direi até perversa): Qual a influência, ao nível da política mundial, da "nossa" Base das Lajes?! (Isto é a Jeune a falar, a implicativa dos timbres de voz). Por outro lado, interessante a reacção do Obama, genuinamente, com uma caneta na mão e a contemplar o "nosso" Palácio de Belém..
    Um abraço, um abraço.

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  3. Querida Ana Paula,

    Partilho completamente esta sua visão. Obrigada pelo link para o artigo no Publico.

    Beijinho

    :))

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  4. Assim é que não!!! Começo a perder a esperança em si...
    Como se pode argumentar que estamos a caminhar no bom sentido, se esse sentido é para aumentar a repressão, restringir liberdades, fomentar as guerras por recursos, disfarçando-as de guerras para espalhar a democracia e outras tangas do género... O Obama até hoje não deu um único sinal de que a América irá deixar de ser a Nação da Guerra... basta ver as propostas para aumentar as despesas com as Forças Armadas... Temos que ver o Mundo como ele é, e não vê-lo como o Mundo TV, temos de deixar de ser cegos! O pilar fundamental desta Civilização é o Sistema Monetário, nele não há lugar para Direitos Humanos, para Liberdades, para Garantias nem tão pouco para Democracias. Enquanto se desperdiçam milhões de euros para dar guarida a este bando, temos em portugal (país submisso...) concidadãos a morrer à fome, a dormir ao relento... Apoiar esta organização é apoiar a guerra, e o genocídio de povos.
    Ouvi também, infelizmente, aquela mulher americana a falar que Portugal tem que manter as suas tropas no Afeganistão sob risco de prejudicarmos a nossa segurança!!! Só mesmo para rir...
    Infelizmente vamos gastar dinheiro em comida e alojamento a alimentar estes tipos!!!!

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  5. Caro Rogério :)
    Acredito que sabe o quanto respeito e compreendo a suas reflexões... acredito também que, como dizia um herói de um filme de série da minha adolescência, Li Chung: "um homem pode mudar um povo; um povo pode mudar o mundo" - e mesmo sabendo que assim não é, conforme o espírito da "letra", acreditar é o que me move... e, nos tempos que correm é preciso reforçar o esforço de alguns que merecem o nosso crédito... se reparar, não tenho falado muito da Nato mas sim, de Obama... porque acredito que a mudança é possível e que "esconder a cabeça na areia" fugindo à realidade dos factos também não ajuda nada... quanto a amanhã, faço votos de que a expressão pacífica, pública, democrática e justa da opinião colha a consideração dos dirigentes... e acredito que Obama a respeita :)))
    Um grande abraço.

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  6. Querida Jeune Dame de Jazz :)
    ... a solidariedade cúmplice, amiga e justa da tua voz cria, muitas vezes, espaços de saudade :)
    Bem-hajas!
    Obrigado.
    Um grande abraço amigo :))

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  7. Querida Ariel :)
    ... obrigada! :)... fico feliz por isso... há um dizer de entrelinhas que é bom saber que é lido e partilhado... por um mundo melhor para todos! :))
    Um grande beijinho

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  8. Caro Voz a 0 DB :)
    ... fez-me sorrir :))
    ... pela coragem que implica esta persistência militante de criticamente não deslocar os pés do mesmo sítio, ponto privilegiado de atalaia do mundo :)
    ... claro que tem razão no que ao domínio monetário se refere e ao facto da política se mascarar para o defender... mas, há que ser pedagógico e não recusar a alguns o direito de serem sinceramente melhores que isso e do que o papel que assumem desempenhar...
    Obrigado, meu amigo :)
    Um grande, enorme e sincero abraço :))

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  9. Aí está... acertou em cheio!!! Se ele tivesse sido e feito aquilo que "pregou", não tinha levado esta primeira chapada! E o facto de ele ter afrouxado é prova de que ele prescindiu do tal direito de ser sinceramente melhor! E o futuro próximo nos irá mostrar que ou ele reclama novamente esse direito, ou será só mais um da linhagem dos "podiam ter sido"...

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  10. Olá Voz a 0 DB,
    ... pois... esperemos que a sua actuação nos demonstre inequivocamente que este Presidente dos EUA ultrapassou essa dimensão dos que "podiam ter sido", por ser mesmo o que todos precisamos tanto que ele seja :)
    Um abraço.

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  11. Nas reflexões inquietadas de Rogério Pereira, a de o bloco militar alargado esvaziar a ONU e beligerar para vender armas não me parece politicamente acertado porque, justamente, a procura de parcerias para arbitrar ou coagir a solução de conflitos e a neutralização de ameaças vai proporcionar à ONU o papel chave de decisão política, porque sem a sua aprovação, o bloco Nato não terá legitimidade internacional para agir e intervir.

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