Se a cidade
parasse
como um livro
que
quieto e folheado
se deixasse ler...
dir-te-ia
amor
que o saber
é uma escadaria
do haver
e
conhecer
por dentro
dos dias
o pensar, o sentir
e o ser.
(Imagens de quadros de Vieira da Silva: à esquerda "Cidade à Beira-Mar"; à direita, da série "Bibliotecas")
Palavras para esse livro.
ResponderEliminar"As palavras não ditas
andam por aí soltas
à chuva e ao vento;
outras, prenderam-se de vez
às folhas
das sombras idas
de árvores mortas
–como pó de muitos dias.
Cinzas de fogos contidos,
águas paradas sem mar à vista,
a cada regresso
vincam por dentro
a mágoa
das manhãs mudas.
As palavras não ditas
já existem todas."
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarExcelente paralelo entre a pintura e a poesia.
Sim quanto têm as Cidades para ler, quanta arte, quanta poesia, quanta história e quanta sabedoria nelas poderíamos encontrar, lendo-as.
Abraço
Cara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarMuito bonito.
Parabéns pela escolha das imagens e das palavras.
Uma excelente noite!
Ferreira
Por este seu post, cara Ana Paula,
ResponderEliminaracabo não de saber mas de confirmar,
que este meu gosto pelo escrever
é a frustração de não saber pintar
(embora as palavras tenham o seu colorido
se não postas com emoção, perdem o seu sentido...)
Um mimo! : )
ResponderEliminarCara Ana Paula Fitas
ResponderEliminarExcelente escolha...para a qual deixo um pensamento de Vieira da Silva:
"Às vezes, pelo caminho da arte, experimento súbitas, mas fugazes iluminações e então sinto por momentos uma confiança total, que está além da razão. Algumas pessoas entendidas que estudaram essas questões dizem-me que a mística explica tudo. Então é preciso dizer que não sou suficientemente mística. E continuo a acreditar que só a morte me dará a explicação que não consigo encontrar" (V.S.)
Partiu ao encontro de uma explicação. Será que a terá encontrado?
Um abraço amigo e feliz :)
Ana Brito
Olá Flávio :)
ResponderEliminarBoas palavras as tuas,
palavras de um livro que integra a cidade
e faz da alma humana
a biblioteca que nunca terminaremos de ler
e reler...
Obrigado, meu amigo.
Um grande abraço e um beijinho.
Caro Rodrigo,
ResponderEliminarQuando um dia nos dispusermos a ouvir as vozes e os silêncios das cidades, teremos bibliotecas para muitas, muitas vidas... entre livros estruturados e páginas desalinhadas, estão por aí, nas ruas e nas casas, as pequenas-grandes histórias de que se faz a Humanidade.
Um grande abraço.
Caro Ferreira, M.S. :)
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras... principalmente, obrigado por ter gostado.
Bem-haja.
Um abraço.
Caro Rogério,
ResponderEliminarObrigado :))
... muito, muito obrigado :)))
Abraço.
Olá Catarina :)
ResponderEliminar... "um mimo" é uma forma muito, muito bonita de dizer :))
Obrigado!
... e volte sempre!
Abraço.
Cara Ana Brito...
ResponderEliminar... bonito, muito bonito!
Obrigada!
Um grande abraço.
Cara Amiga desejoso de praia mas sem declinar o conforto da cidade roubei-lhe a Cidade à Beira-Mar.
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