Amanhã, às 14.30h, no Martim Moniz, em Lisboa, a manifestação do 1º de Maio subirá de novo a avenida Almirante Reis, até à Alameda... porque, mais do que nunca, se justifica o reforço de uma luta fundamental para todos: o direito ao trabalho e à dignidade das condições laborais!
Em 1886, em Chicago, uma manifestação de trabalhadores reivindicou pela primeira vez a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e deu origem à primeira greve geral nos EUA. Poucos anos depois, em 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista decidiu a organização anual de uma manifestação com o objectivo de conquistar o direito às 8 horas de trabalho diário e a data escolhida para o efeito recaiu sobre o 1º de Maio, em homenagem às lutas sindicais de Chicago... porém, no dia 1º de Maio de 1891, no norte de França, tal manifestação resultou na morte de 10 manifestantes e foi esse trágico acontecimento que, meses depois, levou a Internacional Socialista de Bruxelas a proclamar este dia como símbolo da reivindicação da melhoria das condições laborais. Sem tréguas, a luta continuou mas, foi apenas em 1919 que a França ratificou as 8 h de trabalho e proclamou o 1º de Maio como dia feriado... seguiu-se a Rússia em 1920 e, sucessivamente, muitos e muitos países... Amanhã, 1º de Maio de 2012, celebra-se o Dia Internacional do Trabalhador, num momento em que a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) anuncia que 202 milhões de pessoas vão ficar desempregadas dentro de 1 ano... é por isso que o facto dos hipermercados portugueses não irem respeitar o significado deste dia, torna ainda mais assustadora a vertigem da realidade que vivemos na Europa e, em particular, no nosso país... por tudo isto e tudo o que se não diz mas que se sabe: Todos ao 1º de Maio!