domingo, 13 de novembro de 2011

Da Rua aos Sindicatos e à Igreja - A Lucidez Colectiva Contra a Crise


Quando o FMI avisa que nenhum país está imune à crise, tanto tempo depois da mesma ter eclodido e enquanto se sucedem quedas de governos (islandês, irlandês, português, grego, italiano), os cidadãos não podem deixar de fazer ouvir a sua voz, sob pena da cegueira e da surdez dos responsáveis políticos nacionais, europeus e internacionais se tornar absurdamente irreversível, distraídos que tenderão a ficar no contexto do mundo das finanças, dos negócios e da diplomacia. Importa, por isso, fazê-los "descer à terra" para que se não esqueçam que só um factor e um objectivo reais sustentam o poder: a sociedade feita pelo conjunto de pessoas que integra a sua população... e são as pessoas que terão de manter firme o grito de alerta a que, por natureza, têm direito e que, felizmente, a democracia lhes consagra... e se as manifestações são o rosto público deste exercício (ouvir e ler aqui), a reflexão e o debate são, também, indispensáveis - desde que, naturalmente!, não sujeitos ao tal velho princípio do "temos maneiras de vos fazer pensar" e se promova a discussão pública orientada no sentido de desmobilizar a crítica socio-económica e político-cultural, amortecendo as expectativas e derrotando a esperança, dimensões sem as quais se perde o empenhamento colectivo indispensável à recuperação da confiança e ao investimento social no desenvolvimento dos países.   

2 comentários:

  1. Olá, Ana…
    Apenas de passagem para acrescentar que as "pedradas" do Otelo não me parecem assim tão distantes de um "sentimento comum"… Discordo, obviamente, do incentivo a um "Golpe de Estado" que "sabemos", à partida, que se reveste de "forças armadas" (e quanto a estas, nem vou discorrer sobre as noções de: "forças"; "armadas" ), mas é uma "opinião" que traduz: «temos maneiras de voz fazer pensar». Infelizmente, para lá caminhamos….
    Uma abraço, um abraço.

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  2. ... muito me anima as ressonâncias polifônicas!... e talvez, consigamos a volta de 380º na maneira de olhar e ver, ouvir e escutar, sentir e pensar... e produzir o melhor para a Teia...

    A partir de agora, por favor!

    Um abraço de 380º
    M.José

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