quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Da Estratégia do Syriza...

 
É interessante verificar o ataque "cego" à opção do Syriza em se aliar com os independentistas gregos. Sendo certo que não conheço Alexis Tsipras nem sequer a densidade ideológica do Syriza, a verdade é que dou a A.Tsipras o benefício da dúvida... e penso que a condenação "a priori" da sua aliança política para garantir uma maioria na governação da Grécia, resulta de um "parti pris" cujos resultados conduziram, até agora!, às calamitosas incapacidades de gestão e de salvaguarda das soberanias e das economias nacionais que põem em causa o regime democrático... Vale a pena perguntar se, por acaso!, já alguém colocou a hipótese da decisão de Tsipras ser uma estratégia inteligente que garante a viabilidade do governo que se propôs em campanha eleitoral? É que, de facto, uma aliança com alegados nacionalistas, reduz a margem de apoio popular à extrema-direita e alarga o apoio político parlamentar e dos cidadãos que querem emancipar a gestão do seu país das teias da dependência internacional!... Por isso, o mínimo que é exigível à pretensa esquerda portuguesa que "corre" a condenar a opção do Syriza, subscrevendo o incapaz "stablishment" que tão bem conhecemos!, é dar ao novo governo grego o benefício da dúvida. De qualquer forma, o cumprimento das promessas eleitorais, a escassíssimos dias das eleições legislativas!, aí está, já!, sob a forma de legislação pronta a ser usufruída pelo povo -que é, afinal, a razão de ser, primeira e última!, de todo o Estado e de toda a política: aumento do salário mínimo, suspensão das privatizações e eletricidade gratuita para os mais carenciados!... Será a raiva que o Syriza suscita uma reação de "velhos do Restelo"? ... Será que o Syriza vai provar que a mudança é possível?... Esperemos, sinceramente!, que o "governo de salvação nacional" que Tsipras protagoniza tenha sucesso e que, objetivamente!, a Europa comece a mudar!

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