segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Do Ano Novo como Património Cultural - Losar 2142

Hoje começa a contagem decrescente para as celebrações de Ano Novo... no Tibete, no Nepal e no Butão! - onde o calendário, lunar, assinala o ano 2142. Com mais 127 anos do que o calendário que utilizamos no Ocidente (calendário gregoriano), o calendário tibetano é constituído por 20 meses lunares, celebrando o Losar (Ano Novo) no 1º dia do seu 1º mês, ou seja, na Primavera, quando se homenageiam e celebram,  com a prática de rituais de agradecimento, os 5 elementos: Terra, Água, Fogo, Ar e Espaço. Na sua origem, estiveram as celebrações do solstício de inverno e a introdução das práticas agrícolas, cuja natureza requer a regularidade cíclica (cultivo, irrigação) e, recorrentemente, as práticas metalúrgicas. Segundo reza a tradição, o assinalar festivo do calendário dever-se-á a uma velha mulher chamada Belma que introduziu as fases da lua como medida do tempo. Posteriormente, a celebração do Losar foi transferida para o primeiro mês lunar por um líder da Escola budista Gelup, criada no século XVI, no contexto da existência de um território alargado de influência cultural e religiosa que alcançava a Mongólia e a China - razão pela qual, hoje, o Losar tibetano se aproxima das datas de celebração do Ano Novo mongol e chinês. Tradicionalmente, as celebrações do Losar perduravam 15 dias, sendo os 3 primeiros dias os mais intensos no que respeita às práticas festivas. Nos nossos dias, as mesmas celebrações podem demorar entre 1 e 15 dias, em função da coesão e densidade cultural dos seus praticantes no território em que residem (Tibete, Nepal, Butão, Índia e em o mundo onde, com a diáspora, chegou a cultura tibetana). Segundo o calendário, os próximos dias 18 e 19 de Fevereiro correspondem ao Losar 2142!
Feliz Losar 2142 a todos! 
Tashi Delek!

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