terça-feira, 17 de novembro de 2009

Portugal no Índice Internacional de Percepção da Corrupção


Segundo a Transparency International, em 2009, Portugal ocupa o lugar nº35 de uma lista de 180 países que, anualmente, são ordenados segundo o Indice de Percepção da Corrupção... considerando o número de casos que tem vindo a público, relativamente a suspeitas e processos que investigam o fenómeno no nosso país, bem como o impacto mediático que têm motivado, o lugar 35 desta tabela pode sugerir aos mais incautos, expressões do género: "afinal, até não estamos assim tão mal"... uma breve consulta da lista publicada corrigirá qualquer tipo de esperança... basta ver com atenção o nome de cada um dos países que se nos seguem, para se tornar indubitável a linha de fronteira em que, de facto, nos situamos... confirme-se AQUI.

7 comentários:

  1. O importante na interpretação desse índice é ter em conta que não mede a corrupção, mas sim da sua percepção. O que quer dizer que Portugal descer na tabela até pode ser uma boa notícia, pois poderá crer significar que há mais casos a serem revelados.

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  2. É verdade, Rui, que o aumento de percepção da corrupção a que este índice se refere, corresponde ao aumento da visibilidade do fenómeno... porém, não considero que estejamos perante uma boa notícia, nomeadamente porque, por um lado, sabemos que o número de casos conhecidos é nominal e não equivale ao número de casos efectivos (princípio geral da consciência da representatividade estatística) e, por outro lado, não podemos escamotear o facto das representações sociais decorrentes da percepção fenoménica condicionarem comportamentos e interferirem decisivamente na formulação de juízos da opinião pública.
    Abraço :)

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  3. A achega do Rui é oportuna e bem formulada, porquanto uma coisa é a percepção da corrupção e entra bem diversa a "medição", passe a expressão, da mesma.
    De qualquer modo, mesmo pelo prisma da percepção nunca ficamos bem no retrato porquanto é sabido que a corrupção tem uma noção e um substracto relativamente difusos em Portugal; desde logo, nunca a praticamos, nem nunca ocorre connosco. Depois, os famosos "jeitos" e afins não são ou indiciam sequer, para o comum dos portugueses, um ilícito.

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  4. O aumento de percepção da corrupção de nada tem servido para resolver, quero dizer menorizar, este flagelo da sociedade. Porque será que quando se está tão perto de obter resultados nesta matéria aparecem sempre uns iluminados com novas teorias de conspiração, a defender sempre os mesmos do costume e a deitar por terra investigações de meses a fio, para não dizer em alguns casos anos?
    Esta história da percepção faz lembrar uma outra história que deu título a um livro do Kino: Penso... logo existo!
    Bom, lá pensar penso...
    Existo?

    POETA

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  5. Percepcionam-se umas, passam em branco outras... uma coisa que em Democracia se torna num dilema desgraçado. A pior coisa na Democracia especialmente a latina, é que não passa de percepção. Já quanto ao combate...
    Se nos dessem uma percepção que havia Justiça operante para os colarinhos brancos, era realmente uma boa notícia. Tirar a limpo quem errou e dar um castigo à escala do erro. Só se deveria dar a percepção da corrupção, depois do caso resolvido. Tenho a sensação, que a escala desceria exponencialmente. É para não pensar e logo existir! Se me fiz entender... :)

    Um beijinho de um grão de pó. :)

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  6. De facto, entre percepção da corrupção e corrupção vai uma grande distância... principalmente porque, entre as duas dimensões do problemas, se verifica a intervenção das representações sociais... o que, como bem diz Ferreira-Pinto, sendo profusamente difuso no nosso país, dificulta a própria percepção e, naturalmente, mais ainda, o combate do fenómeno... e esta realidade dos factos é, para utilizar as palavras e os seus sentidos evocados pelo POETA e pela Fada do Bosque, para se Pensar e Agir, testemunhando assim, como aqui o vamos, todos, fazendo, que, na realidade, Existimos e sabemos pensar. Beijinho :)

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  7. CONTRA-POLÍTICA

    “Sou anarca ou sindicalista”…
    Gosto de criar confusão;
    Qualquer coisa que se agita
    Entro em contra revolução!

    É difícil às vezes perceber
    Quando ela está no contra…
    Por mais que queira entender,
    Não entendo essa lontra!

    Com olhos de marrã morta
    Diz que não… Se digo sim;
    Se direita… Diz que torta,
    A Contra é mesmo assim!

    Depois fica meio amuada
    Porque a chamo à razão.
    Mas que grande endiabrada…
    Se digo gato… Ela diz cão!

    Nem com enorme paciência
    Ela muda sua compostura…
    É preciso muita prudência
    Quando a Contra se transfigura!

    Com suas entranhas revoltosas
    E as vísceras quase à boca,
    São conhecidas… muito famosas
    As contrariedades dessa louca!

    Deixo no ar este aviso
    Para as mentes mais descuidadas:
    A Contra perdeu o juízo,
    Só se mete em trapalhadas!

    Não podia mesmo terminar
    Estas quadras a preceito…
    Para a Contra saber levar
    Tem que ser com certo jeito!

    Contra Política(Vírus sempre activo)

    EHEHEHE!!!

    POETA (29-06-2009 )

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