domingo, 17 de outubro de 2010

Dia Internacional de Erradicação da Pobreza


Hoje, 17 de Outubro, Dia Internacional de Erradicação da Pobreza, é importante ter presente a realidade portuguesa onde cerca de 20% das pessoas são pobres e onde, a não existirem subsídios e sistemas de apoio aos mais fragilizados, o risco de pobreza atingiria os 40%... mas, porque o Dia Internacional de Erradicação da Pobreza tem uma dimensão mundial, é importante não esquecer que a maior parte da população mundial é pobre. De África à América do Sul, da China à Índia, do Médio Oriente às estepes, as populações rurais e urbanas do planeta continuam pobres e sem expectativas de ascensão social... podemos tomar como exemplo o Brasil onde o combate à pobreza foi prioridade política com o Presidente Lula da Silva mas, alterados os números e o nome do país, a realidade é extensível a todos os espaços onde as pessoas são pobres, muitas delas ao ponto de lhes estar vedado o direito a exigir condições de vida dignas.

9 comentários:

  1. Caríssima amiga Ana Paula Fitas,

    Neste dia Mundial da erradicação da pobreza e dez anos após o compromisso de quase todos os países do mundo em relação aos oito Objectivos do Milénio assinados na ONU verificamos que as desigualdades continuam a crescer em termos mundiais e nacionais!

    Após os impressionantes documentários que a Ana nos apresenta percebemos que os riscos para a paz das sociedades são cada vez maiores como constatamos isso, também, com a situação que se passou recentemente em Maputo. A harmonia social fica em risco com o descontentamento das populações que pode gerar revoltas, violências, delinquências e o mundo a afastar-se cada vez mais da almejada paz perpétua de E. Kant...

    Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
    www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt

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  2. Pois... assim de certeza nunca lá chegaremos, disto podem estar certos... De resto ainda não vi em nenhum lugar do Mundo provas de que o actual Sistema Monetário tenha ajudado a atingir os tais "Objectivos do Milénio", que não são mais que palavras escritas numa folha de papel por aqueles que sabem que tal nunca será alcançado...
    Tenho a consciência de que enquanto a minha espécie existir e mantiver o Sistema Monetário e outras invenções miseráveis, haverá sempre pobreza, fome, guerras etc. Pois é nisto que o Sistema Monetário se baseia. Sem estas situações os donos do Sistema não tinham a vida que têm... No fim de contas: é necessário haver uma Classe Inferior constituída por escravos modernos, para que a Classe Superior possa Viver como vive actualmente... o resto são palavras escritas!

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  3. Pois! É fácil alertar para a pobreza, como é fácil criar um dia da erradicação da pobreza, como será fácil criar um dia de outra coisa qualquer. Dificil é acabar com a pobreza, dificil é não haver gente a aproveitar-se da pobreza para enriquecer, dificil é haver um governo que olhe para os pobres. Temos o exemplo bem recente do nosso governo, se duvidas houvesse que estes governantes nunca governaram para facilitar ou para ajudar a vida dos portugueses, dizia eu, se duvidas houvesse, este mesmo governo se encarregou de as tirar. Congelando vencimentos, tirando até parte dos rendimentos dos portugueses, pedindo sacrificios ( mais - há 36 anos que não pedem outra coisa ), mas só àqueles que já não podem, àqueles cujos salários ou reformas não ultrapassam os €700 ou €800, porque os outros mesmo aqueles que têm salários na ordem dos €1500, ainda vão conseguindo pagar produtos de primeira necessidade com o IVA a 23. Será povavelmente por pouco tempo, mas ainda vão conseguindo. Sim! O conteúdo deste comentário é quase um apelo a que o governo se demita ( isto, dito assim, para não dizer o que me vai na alma ).
    Um abracinho com a força que ainda me vai restando.

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  4. E de que falamos exactamente quando dizemos “pobreza” ? Falamos de carência, certo, mas de quê ? Carência de dinheiro, de recursos, de capacidades para usar os recursos, de um desfasamentos na relação entre expectativas e possibilidades, de desestruturação e demissão familiar ? E por oposição o que é a riqueza ? É abundância material e apenas isso ou algo mais? Parece-me que seria importante esclarecer estas questões não só para sabermos do que estamos a falar como para procurar as melhores soluções. Houve um tempo em que um dos indicadores de desenvolvimento da ONU era o consumo de energia per capita. Entretanto entrou em desuso e por arrastamento redesenhou-se o mapa do desenvolvimento. Dois milhões de pobres em Portugal ? Até podem ser mais! Mas como é que se chega a esse número ?
    Leia-se esta subjectividade na definição proposta pela Amnistia Internacional e percebe-se do que estou a falar.
    "A pobreza não é um acidente, não é inevitável e não é exclusivamente um problema de falta de recursos.
    A pobreza é a ausência de meios, mas é sobretudo a falta de acesso às escolhas, à segurança, à capacitação e ao poder de auto-realização dos Direitos Humanos de cada um, necessários para uma vida com Dignidade.
    A pobreza não pode ser encarada como uma fatalidade social, mas sim como um produto de decisões e uma situação criada por abusos de Direitos Humanos."
    (Amnistia Internacional)

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  5. Carissimo amigo Nuno Sotto Mayor Ferrão,
    Os Objectivos do Milénio continuam como referenciais de acção ao invés de serem já metas cumpridas no que respeita ao seu primeiro horizonte, 2010.
    ... pena é que, ao invés do que seria necessário, em tempo de crise, os grandes objectivos e as grandes causas sejam prioridades relegadas para planos quase invisíveis.
    Com as melhores saudações amigas.

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  6. Caro Voz a 0 DB,
    É verdade... na senda do que acabei de escrever, ocorre-me referir que compaginar os Objectivos do Milénio com o designado Sistema Monetário e Financeiro apenas serve para não avançar objectivamente nos resultados e justificar a inacção... lamentável!

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  7. Caro Zéparafuso,
    Permita-me que sugira a leitura das suas palavras a todos quantos aqui passam... porque a identificação clara dos problemas, torna o seu texto um texto de todos nós!
    Obrigado!
    Um abracinho amigo, solidário e grato pela partilha.

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  8. Caro Manuel Rocha,
    Quando falamos de pobreza falamos de privação e de carência (como bem o definiu Amartya Sen)... privação de bens essenciais e carência de outros bens que concorrem para o integral desenvolvimento do ser humano (que bem definiu Bento de Jesus Caraça).
    Obrigado pela problematização que faz das definições vagas e ambíguas que descentram o sentido das intervenções.
    Um grande abraço.

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  9. Cara Ana Paula Fitas
    Nada pior que a fome, a pobreza e a exclusão social quando aos seres humanos não restam mais balões de oxigénio para combater a erosão da ausência de condições de vida digna, falta de emprego e de rendimento.
    Solidariamente consigo, um abraço amigo.
    Ana Brito

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