domingo, 10 de abril de 2011

Do Congresso do PS ao BCE e à Islândia...

A notícia não podia ser mais preocupante e pode ler-se AQUI... de facto, a Europa do Sul é, na União Europeia, o elo mais fraco de uma globalização em crise (por acaso já repararam na taxa de cortes e juros que está a ser exigida à própria Administração norte-americana e que ronda os 35%?) que, a nível internacional, se não comove com os voluntarismos e oportunismos eleitoralistas que por cá se fazem ouvir, vertical e horizontalmente, da direita à esquerda, que apenas denotam uma representação ultrapassadissima da consciência do mundo real em que vivemos. Por isso, seria arrogância ou tolice ignorar o discurso de José Sócrates no encerramento do Congresso do PS que hoje terminou em Matosinhos porque, apesar da campanha estar aberta para as legislativas de 5 de Junho, o ainda Primeiro-Ministro de Portugal tem razão no que diz,recorrendo a argumentos incontornáveis, independentemente do que isso possa ou não (des)agradar a muitos dos seus opositores ou apoiantes:
... e não se pode dizer que as pessoas estão, acriticamente, a apoiar o actual reeleito Secretário-Geral do PS, porque as suas opiniões reflectem ponderação e consciência em relação ao presente e a eventuais cenários futuros:

Porém, Portugal não é uma ilha e o facto da política interna portuguesa e, em particular, a da oposição, falar como se o fosse, não acrescenta mais-valias concretas garantidamente eficazes para as soluções que, conjuntamente, teremos que encontrar para a sobrevivência da Europa onde estamos e queremos viver... e se Jean Claude Trichet reconhece que a potencial subida da taxa de juros do Banco Central Europeu pode ser devastadora para os países do sul europeu e o Director da Fathom, Danny Gabay, afirma ao "The Observer" que a Grécia (apesar da intervenção já em curso do FMI) seguir por um caminho insustentável e que a Espanha se encontra, de facto!, vulnerável, podemos estar certos de que não são os jogos partidários domésticos que resolvem um problema de uma tal dimensão... porque as respostas à possibilidade de incumprimento real dos requisitos económico-financeiros europeus e internacionais não são evidentes, nem gratuitas... disso é exemplo a Islândia que analisa assim o resultado do referendo a que sujeitou a questão do pagamento pelos contribuintes das dívidas aos bancos:

10 comentários:

  1. estão com 5,5% de inflação

    notável tendo em conta que em 2010 chegou aos 12

    dantes islandeses que vinham jogar golfe eram aos centos

    curiosamente nunca vi mais nenhum

    porque será?

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  2. Grandes Islandeses... Quase que me apetece... escrever... aí vai... "Holanda e Inglaterra, querem dinheiro? Vão ao Totta!!"

    Não pagam, e não pagam muito bem... Espero que continuem assim. Tenho andado a seguir este magnifico Povo, e é exemplo a ser seguido.

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  3. Querida Ana Paula :)
    Subscrevo da primeira à última linha!!!!!

    Beijinho

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  4. Este post dava pano para mangas, mas limito-me a pegar num posnto que a Ana aborda logo no início.
    Se os países do sul tivessem acordado numa posição comum, em vez de ficarem à espera de ver quem era primeiro apanhado nesta rede ignominiosa e na esperança de escaparem entre os pingos de chuva, talvez a história neste momento fossse bem diferente e a senhora Merkel já se tivesse visto obrigada a ser menos intransigente. Por aqui me fico, com a certeza de que muito ficou por dizer no comentário a esta sua excelente análise.
    Beijinho

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  5. ... não sei como, mas veio-me á memória a Grande Caminhada dos Índios Navajos...assim haja coragem, determinação e muita, muita, muita energia na grande caminhada que se adivinha.

    Abraço e rosa silvestre
    M.José

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  6. One Hundred...,
    ... pois... por que será?...
    obrigado pelo alerta da sua pergunta :)

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  7. Grande VOZ :)
    Aprendemos com a coragem dos melhores... talvez por isso, tenha feito tanto sentido a evocação da minha amiga M.José sobre a "Grande Caminhada dos Índios Navajos" :)
    Abraço.

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  8. Querida Ariel... obrigado pelo reforço da esperança que, por vezes, parece sózinha... mas, persiste, convicta!... e vale a pena porque há sempre uma Ariel atenta a não deixar cair os braços :)
    Beijinho :)

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  9. Carlos,
    Tem toda a razão... se os países do Sul valorizassem a razão e conscientemente tivessem actuado de forma consistente e unida desde o início, a correlação de forças na UE seria outra... e a arrogância dos "grandes" não teria atingido a dimensão que hoje exibem, ameaçando o futuro de todos... obrigado pela generosidade gratificante das palavras que aqui partilha.
    Um beijinho.

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  10. Zézinha,
    ... não tenho palavras para acrescentar ao magnífico exemplo que te ocorreu e ao sentido e significado que arrasta... subscrevo-o na íntegra... e desejo, de todo o coração que todos tenham a coragem de os tomar como exemplo.
    Rosas silvestres em margens de rios e um beijo :)

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