domingo, 12 de abril de 2009

Dia dos 3 P's: Páscoa, Paz e Política...


Domingo de Páscoa. As confissões religiosas celebram, em cultos antropomorfizados, a renovação da Natureza que a Primavera simboliza... A persistência cultural deste arquétipo persiste até hoje na sociedade globalizada em que vivemos, dita do conhecimento e da informação, onde não foi, por determinação da nossa própria condição, ultrapassada a consciência de uma dialéctica da natureza e do pensamento de que resulta a consciência social que reconhece na dimensão simbólica do poder a essência da sua autoridade e exercício... contudo, o afastamento que a tecnologia, a mediatização, o consumismo e o quotidiano individual promovem relativamente ao grau de concentração que desenvolvemos sobre o que somos e o que gostariamos de ser, não permitem, no âmbito da reivindicação e da prática dos nossos direitos de cidadania, que a vivência colectiva do ritual e do simbólico coincida com a nossa prática. Devolver aos cidadãos o tempo para o desenvolvimento de si próprios é também um Direito Fundamental que integra a noção de uma existência digna e que, por isso mesmo, participa dos Direitos Humanos... no vocabulário socio-político esta dimensão da vida social é parte da Cultura e, ao que constatamos, a Cultura continua sem o reconhecimento ou sequer a valorização devida na agenda política do nosso tempo. Continuamos, em Abril, no limiar do Sonho... transposto o portal que nos separava da Democracia, ensaiamos os passos políticos, reproduzindo o que vemos fazer os outros, nossos vizinhos e parceiros na União Europeia mas, não arriscamos a Liberdade de colocar, acima de tudo, o interesse público que é, inequivocamente, o direito a uma vida melhor para todos! Reféns de sistemas em rede, burocratizados e digitalmente organizados, perdemos o controle da nossa própria gestão... E essa é, entre outras que a título de exemplo desenvolvi em dois post's publicados, um, aqui mesmo e outro no Forum Palestina, uma das realidades a que é preciso atender em tempo de elaboração e divulgação de programas políticos para que, na verdade, as eleições sejam expressão próxima dos anseios dos cidadãos e das populações, como escrevi no post publicado no blog do Público Eleições 2009. Com realismo, sem demagogia, é possível um mundo melhor!

Sem comentários:

Enviar um comentário