sábado, 11 de abril de 2009

Leituras Cruzadas...

No contexto das anunciadas prioridades económicas de combate à crise, definidas no âmbito das recentes Cimeiras do G20 e da União Europeia, o combate aos off-shores e ao proteccionismo foram consensuais... no entanto, enquanto a circulação de capitais prossegue os seus circuitos, aproveitando a margem de manobra que o tempo lhe permitirá até que entre em vigor qualquer legislação nesse sentido, vamos tomando consciência dos bastidores das economias nacionais na rede internacional e da dimensão que este tipo de tomada de decisões significa (vejam-se, a título de exemplo, a referência ao caso português enunciada de forma sintética por José Manuel Dias no Cogir e as achegas reflectidas a outro propósito mas, ainda assim recorrentes, de Raimundo Narciso no PuxaPalavra e de Vital Moreira no Causa Nossa)... Talvez assim se perceba melhor a imperiosa necessidade de ir dando voz a sinais contrários aos estímulos de degradação da confiança pública que a realidade emite como os designados "sinais de esperança" que Barack Obama refere relativamente à economia norte-americana (leia-se o que diz Carlos Santos em O Valor das Ideias), nomeadamente quando o Governador de Nova-Iorque anuncia a redução de 7.000 postos de trabalho nas empresas municipais locais (ver o texto de José Manuel Dias no Cogir). Entretanto, no plano internacional, também as dinâmicas negociais continuam a persistir em caminhos que merecem reflexão sobre as novas formas diplomáticas que é preciso "levar para o terreno" sob pena de assitirmos à reprodução de novos episódios que retardarão o acesso às reformas que, reconhecidamente, todos constatamos mas, cuja resposta adequada está ainda longe de se concretizar (como se depreende da leitura de dois textos recentes de JMCorreia Pinto no Politeia)... para que se não "deite a perder" a possível capacidade de concretização das intenções expressas pelo discurso de Obama em Praga, a que Osvaldo Castro se refere no Praça Stephens num post enriquecido por um excelente texto de Daniel Cruzeiro.

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