sábado, 15 de janeiro de 2011

A Revolução do Jasmin, o Magrebe, a Europa e o Médio Oriente

A Revolução do Jasmin marca a história tunisina e enche de expectativas todos os que, contra as ditaduras, aspiram à concertação internacional pela paz... A Tunísia, enquanto parte integrante do Magrebe, pode agora desenvolver um esforço de cidadania no exercício das suas próximas eleições livres, de forma a que a região reforce o seu empenhamento na luta pelos Direitos Humanos, demonstrando ao mundo que os povos muçulmanos não rejeitam a construção histórica da sua identidade histórica partilhada com os povos vizinhos a ocidente e a oriente e que a sua confiança na democracia não legitimará opções integristas e fundamentalistas radicais (vale a pena ler o que escreveu sobre esta matéria o Embaixador Seixas da Costa no Duas ou Três Coisas). A verdade é que seria uma boa notícia para o futuro de todos nós, se a Tunísia erguesse uma democracia sem medo a partir da Revolução do Jasmin, capaz de inspirar a Argélia, Marrocos, o Sahara Ocidental, a Mauritânia e a Líbia... O reflexo que a democracia tunisina pode vir a representar para o Médio Oriente e para a Turquia pode significar uma nova etapa nas relações políticas, sociais e culturais entre civilizações, contribuindo para o redesenhar da geografia multicultural da paz... Oxalá os tunisinos não percam esta oportunidade que será também uma oportunidade para os povos das regiões envolventes, a saber, Magrebe, Médio Oriente e Europa... Com a Tunísia rumo ao futuro, eis o que todos devemos desejar e apoiar.

3 comentários:

  1. Caríssima amiga Ana Paula Fitas,

    Subscrevo inteiramente a importância de lutar contra todas as formas de ditadura e de opressão sobre os cidadãos e espero que esse gérmen libertador se traduza na consagração de um autêntico Estado de Direito Democrático, embora possa prejudicar inicialmente o desenvolvimento económico-social da Tunísia, de que o Embaixador Francisco Seixas da Costa nos dá conta, devido às naturais quebras de fluxos turísticos, nos próximos tempos, e ao ambiente revolucionário de mudança.

    Esperamos, efectivamente, que se possa instalar rapidamente um clima de paz e que as forças integristas não se evidenciem neste quadro de revolta popular, porque a Europa sempre temeu, desde os anos 80, o poder de afirmação das correntes integristas e desejamos que o futuro deste povo possa ser mais risonho e possa contaminar num entusiasmo democrático os países do Norte de África e do Médio Oriente.

    Saudações cordiais e fraternas, Nuno Sotto Mayor Ferrão
    www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt

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  2. Excelente e oportuno Cara Ana Paula Fitas. Há que prestar atenção aos passos seguintes e a todo o Magrebe. Também assinalei o tema.
    Bom Ano

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  3. http://reporterdasarabias.wordpress.com/2011/02/24/12/
    Excelente artigo.
    Liberdade dignidade e oportunidades é o que os árabes procuram e reafirmam a humanidade comum que todos temos..

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